terça-feira, 29 de abril de 2008

...


Não consigo exprimir em palavras o que sinto neste dia tão negro para mim... deixo apenas esta homenagem para aquele que foi O MELHOR PAI DO MUNDO!! Todos os dias sinto a tua falta e, ao mesmo tempo, sinto a tua constante presença. Amo-te muito!!!



Este post é dedicado à memória de Vitor José de Jesus Martins (27/02/1951-29/04/2000).

domingo, 20 de abril de 2008

Sabedoria Matrimonial

Em conversa com uma muito querida amiga que havia acabado de ter uma discussão de "ferro e fogão" com o marido, sai-se ela com uma teoria que acho simplesmente genial!!

Peço desculpa aos homens que possam levar a mal, mas a vida é assim mesmo...
Aviso, também, desde já que não irei traduzir o que foi dito (a quem não entender, desculpem pois, se o fizer, perde totalmente a piada).

Citando...

"Single women don't fart! They only get and asshole when they get married!!"

Simplesmente genial...

Fiquem bem!!

P.S.: Um agradecimento muito especial a Debrah Adler-Bierk!! Miuda, só tu para te saíres com coisinhas assim! Adoro-te prima!! Beijoooo!

quarta-feira, 16 de abril de 2008


"Ele é metade de um homem virtuoso, que será completo por ela; e ela, uma linda excelência dividida, cuja perfeição total reside nele. Oh! as duas correntes de prata quando se juntam, glorificam as margens que as unem."

-William Shakespeare-

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vozes

Sinto-me só
Sinto-me perdida
Sinto-me decepcionada
Sinto-me desiludida...

Porém, quando sinto-me bater
No fundo do poço da solidão,
Vozes aparecem para me salvar.

Quando me sinto sufocar
Pela confusão e inquietude da minha alma,
Vozes estão na minha cabeça
Para me questionar.

Porquê?
Será?
Como é possível?

São demasiadas questões
Para as quais,
Por mais que tente,
Não tenho respostas nem razões.

Vozes aparecem
Para me salvar,
Vozes aparecem
Para me torturar,
Cada vez que tento sonhar,
Vozes aparecem
Para me despertar.

São gritos silenciosos
Que não consigo parar.

Vozes que fazem doer,
Vozes que dão prazer,
Vozes que assombram,
Vozes que assustam.

Vozes que fazem
Com que pergunte a mim mesma
"Será que me perdi de vez?"

Vozes que me fazem sentir viva
Mas que,
Ainda assim,
Insistem em matar-me
Pouco a pouco
Por dentro.

Vozes cortantes,
Vozes constantes,
Vozes que rasgam a pele
E sangram a alma.

Vozes que curam,
Vozes que acariciam,
Vozes que tranquilizam
E me trazem de volta à vida.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A Gentil Arte de Fazer Inimigos


Há não muito tempo, uma muito querida amiga minha contou-me uma história que passo a contar-vos, estimados leitores...

Era uma vez uma cobra e um pirilampo.
Certo dia, estava o pirilampo a voar todo feliz da vida. Por perto, estava uma cobra sem nada que fazer. Quando esta vê o pirilampo voando, belo e brilhante, chega-se sorrateiramente perto dele, mostrando ferozmente as suas presas, preparando-se para dar o bote quando este diz:

Pirilampo: "Antes de me comeres, posso fazer-te uma pergunta?"

Cobra: "Bem, não costumo dar esse privilégio a ninguém mas visto que vou te comer, podes."

Pirilampo: "Fiz-te algum mal?"

Cobra: "Não!"

Pirilampo: "Faço parte da tua cadeia alimentar?"

Cobra: "Não!"

Pirilampo: "Então porque me queres comer?"

Cobra: "Porque brilhas mais do que eu!!"

Podemos não ter nada de valor... Casa, carros, jóias, dinheiro, fama, poder, etc...
Mesmo assim, nada impede que sejamos alvo de inveja alheia, muito menos que desejem o nosso mal. Podemos estar na miséria mas o simples facto de sermos felizes como somos, com o pouco que temos é o suficiente para que nos façam as piores atrocidades, nem que seja só por mera diversão.
Mas como diziam os velhos ditados "Quem tudo quer, tudo perde!" e "Quem ri por último, ri melhor!".

Basta ser-se feliz para ser-se invejado e odiado.

Esta é a gentil arte de fazer inimigos...

Abraços...

Laila Castillo

P.S.: Dedico este post à minha linda princesinha Liliana. Obrigada por partilhares tanto de ti comigo e por me ensinares a observar (ainda) melhor em meu redor. Adoro-te amiga linda!! Beijinhos!

(Este post foi criado ao som do magnífico álbum "Moving Pictures" de Rush [1981]. Para aqueles que são mais curiosos, enjoy...)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Childhood memories...


Hoje foi um dia bastante nostálgico para mim...

Dia em que recordei tantas coisas boas como coisas ruins. Das coisas ruins, não quero falar. Prefiro mantê-las no silêncio da minha alma, trancadas nas gavetas do meu coração. Das boas, falo porque são essas memórias as únicas coisas que presentemente me fazem sorrir.

Toda esta nostalgia começou ontem à noite, quando conversava com a minha mãe sobre os nossos pais e dos seus respectivos gostos gerais.

Como que por magia, lembrei-me de um pequeno episódio que se passou quando não muito faltava para que eu completasse 3 anos. Esse "episódio" passou-se no início do outono de 1989. Fui com os meus pais e com o meu irmão fazer as compras do mês quando passámos por uma loja de equipamento e instrumentos musicais. O meu pai, que havia sido músico e como era um fanático por tudo sobre o assunto, parecia que tinha a minha idade. Os seus olhos brilhavam com uma inocência admirável ao ver todos aqueles instrumentos reluzentes. Eu, que já começava a ser bem influenciada pelo papá, também estava em pulgas para lá entrar e mexer em tudo o que pudesse. No entanto, a minha mãe, que tinha o meu irmão de mão dada com ela, virou-se para o meu pai e disse: "Vitor, tu ficas aqui com a Laila e não vão para lado nenhum. Vou fazer as compras e vou levar o Uli comigo. Quando voltar, quero-vos aqui à porta, entendido?". O meu pai, como uma criança obediente, acenou que sim com a cabeça, olhou para mim e sorriu. Os seus olhos me diziam: "Prepara-te para entrar no paraíso, minha princesinha!". Entrámos na loja (infelizmente, não me recordo do seu nome) e o meu pai baixou-se e "apresentou-me" as maravilhas que lá dentro estavam. "Olha Lailinha, aquelas coisas ali, são guitarras. Ali ao fundo, são os baixos. Sei que são parecidos mas vou explicar-te já a diferença. Ali do outro lado, estão as baterias e aqui estão as mesas de mistura e equalizadores.". Sinceramente, na altura, não percebi nadinha do que ele havia dito mas, para mim, era tudo mesmo maravilhoso. O rapaz que trabalhava na loja dirigiu-se a nós e perguntou ao meu pai se ele precisava de ajuda. Lembro-me vivamente do meu pai lhe dizer "Meu jovem, de momento não viemos comprar nada mas será que você se importava de fazer duas crianças felizes por breves momentos??". O rapaz, confuso, respondeu "Duas?? Mas vejo apenas a sua pequena!!". Em seguida, disse o meu pai "Sim, duas. A pequena e eu! Afinal, todos temos uma criança dentro de nós, não é verdade?". O rapaz concordou e riu-se com o que o meu pai havia dito.
O meu pai conduziu-me ao corredor onde estavam as guitarras e os baixos. Pusemo-nos estrategicamente a meio e o meu pai começou a explicar-me a diferença ente um e outro instrumento. Naquele momento, ouvia atentamente cada palavra do meu pai e olhava maravilhada para as Gibson, Fender, Paul Reed Smith, etc... (hoje sei as marcas, na altura, era tudo igual). Tudo o que me passava pela cabeça era poder ter tamanho para agarrar numa coisa daquelas e fazer barulho, tal como os meus ídolos faziam (sim, como diz o outro, "de pequenino é que se torce o pepino". O rock está nas veias desde o berço). O meu pai agarrou numa linda Gibson Les Paul Ace Frehley e começou a dar uns acordes. Parecia um sonho! não muito tempo depois, pegou-me no colo, dirigiu-se a uma Tama Master Series e sentou-se no banco mesmo de frente à tarola comigo sentada no seu colo. Após receber a devida autorização para mexer, passou-me um par de baquetas para a mão e comecei a pancadaria nos "tambores" (pois é, ainda não sabia os nomes de tudo aquilo). O rapaz da loja ria-se com as nossas palhaçadas e tapava os ouvidos devido à barulheira que fazíamos. Depois, ainda tive oportunidade de ver o meu pai (tentar) tocar acordeão mas, infelizmente, já tinha perdido o jeito. Então, apareceu a minha mãe no lado de fora da loja, a "estacionar" o carrinho de compras com o meu irmão lá sentado no meio a devorar um chocolate (lembro-me da embalagem ser laranja mas não me lembro qual era). Ela chamou-nos e viemo-nos embora. Eu não queria ir mas também não fiz birra pois sempre fui uma menina bem comportadinha (pelo menos, enquanto criança). A caminho do carro, a minha mãe perguntou ao meu pai: "Então, divertiram-se muito?". O meu pai respondeu-lhe com a seguinte questão: "Mas como sabias que nos estávamos a divertir?". A sua resposta foi bem simples: "Dava para ouvir a euforia infantil la dentro do supermercado!". Então, o meu pai olhou para mim e piscou o olho e eu respondi-lhe com um enorme sorriso de felicidade. Penso que foi nesse dia que a minha paixão pela música verdadeiramente nasceu. Paixão essa que jamais irá morrer, tal como as minhas memórias. Espero um dia, se o destino assim o permitir, poder fazer o mesmo com os meus filhos. Espero também poder contar-lhes "aquelas" histórias para dormir que o meu pai me contava. Também essas histórias são grandes memórias, mas essas ficarão para uma próxima oportunidade.

Pai, onde quer que estejas, sei que olhas por mim e sei que te sentes feliz por esta paixão continuar viva, assim como continuarás sempre vivo dentro do meu coração. Amo-te muito!!!

Fiquem bem & ROCK ON!!!

Laila.